quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Significado das vestes Sacerdotais.


Cân. 284 - Os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pelas conferências dos Bispos e com os legítimos costumes locais.

Nota de rodapé do cânone 284: Após entendimentos laboriosos com a Santa Sé, ficou determinado que os clérigos usem, no Brasil, um traje eclesiástico digno e simples, de preferência o “clergyman” (camisa clerical) ou “batina”.

A batina é um sinal de consagração a Deus. Sua cor negra é sinal de luto. O padre morreu para o mundo, porque tudo o que é mundano não lhe atrai mais. Ela é ornada de 33 botões na frente, representando a idade de Nosso Senhor. São 5 botões nas mangas, representando as 5 chagas de Nosso Senhor. Também possui 2 presilhas laterais que simbolizam a humanidade e a divindade de Nosso Senhor. O padre a usa com uma faixa na cintura, símbolo da castidade e do celibato. Algumas possuem mais 7 botões na parte superior do braço, simbolizando os 7 sacramentos, com os quais o padre conforta os fiéis.

A batina é, também, um santo remédio contra a vaidade. Enquanto um homem comum precisa gastar tempo em frente ao seu guarda-roupas ou a um espelho verificando se este paletó combina com aquela camisa ou se a cor da gravata está adequada, o padre veste sua batina e pronto. Nem precisa perguntar “o que eu vou vestir hoje?”. Sua roupa é uma só! Por isso ela também é símbolo de fidelidade e constância. Nos batizados, o padre usa a batina. Se for um casamento: batina! Se for um aniversário: batina! E se for um funeral? Batina! Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença… é sempre a mesma coisa. E não podia ser diferente, uma vez que o padre é o representante de Nosso Senhor Jesus Cristo que é o mesmo: ONTEM, HOJE e SEMPRE!

2 comentários:

Unknown disse...

Desde inicio de 2010, cogita-se que Padres podem usar paleto e gravata (?) e batinas estilizadas por famosos costureiros. Isso sim, penso que seja vaidade e fugir da vontade de Deus. O Papa Benedictus XVI ,dizem, usa sapato estilizado pelo Prada italiana. Estilizada mas, no caso de sapato, se nao for chamativo no modelo e cor, acredito que nao influencia no visual e respeito ao Padre e Clero. Mas, batina, deve ser o tradicional, pois ,penso que foi design de Deus e na vontade do Espirito Santo. Mais que isso, importante é a Fé viva e firme, perante Deus e Fieis as missas e Igreja.

anónimo disse...

"Cân. 284 - Os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pelas conferências dos Bispos e com os legítimos costumes locais."

O que adianta haver regras se hoje todos encontram excepções como regra?

Ao Sérgio (que comentou):

A vaidade não está no que se veste mas sim no motivo pelo qual se veste. Os sacerdotes não estão para seus próprios caprichos, quase todos têm preconceitos de usar os trajes eclesiásticos porque gostam mais de coisas mundanas e se aproveitam da desculpa da "humildade" para se poderem identificar mais com o mundano. O sacerdote deve usar o que é próprio da sua condição por amor à sua condição e amor a Deus e à Igreja, goste ou não goste.

A cor vermelha dos sapatos do Papa são tradição desde o séc. XVI. Apenas João Paulo II, por motivos desconhecidos, usava sapatos brancos. O motivo da cor vermelha é o mesmo motivo que na cor dos cardeais. A cor vermelha dos cardeais significa a prontidão para dar a vida em martírio (e são Príncipes de facto - caso não saiba, na Santa Igreja os títulos dos Bispos e Cardeais são nobiliárquicos, todos os Bispos são "monsenhor" etc etc.)

Se quiseram oferecer sapatos Prada ao Papa não vejo qual o motivo para os rejeitar, já que, de outra forma teriam de ser comprados. Não sei porque não falaram dos materiais da Apple do Papa que foram todos oferecidos pela marca. O mesmo acontece com outros objectos de marcas conhecidas: óculos, canetas, e outros utensílios de utilização acostumada.

Quanto à batina, ela é uma roupa padrão dos séculos passados, acontece que o clero a continuou usando tal como outros cargos de importância tal como os juízes. O mesmo acontece com o sinto, que antigamente era comum a todos ser uma faixa (aqui em Portugal no séc. XX ainda havia homens usando faixa, e hoje ainda se mantém a faixa em alguns meios rurais (no Ribatejo).

Outro elemento são os sapatos. O sapato eclesiástico é o sapato antigo digno. Antigamente só para o trabalho ou a gente sem possibilidades tinha calçado com cordões. Os sapatos dignos eram inteiros na frente. Apenas os padres nas aldeias ou em privado usavam sapatos com cordões. Os sapatos inteiros, nas pessoas dignas eram ainda acrescentados de uma fivela na frente. O clero simples não usava ouro, isso era apenas reservado para alguns objectos de distinção no alto clero, o ouro era reservado às coisas sagradas. Os nobres o podiam utilizar conforme a sua dignidade. Passou a ser obrigatório que o clero usasse sapatos inteiros com fivela de prata, pelo menos que tivesse uns sapatos assim, e eram estes sapatos os obrigatórios nas Missas. Mais tarde, devido à carência pela qual a Igreja passou e a Europa também, as fivelas de prata foram dispensadas, mas nada se disse sobre os sapatos inteiros. Sei de um sacerdote que tem sapatos inteiros de fivela de prata que usa apenas em ocasiões importantes: todas as missas e algum acontecimento social.

A "Fé viva e firme", como disse o Sérgio, também passa pelas virtudes, sendo que uma delas é a justiça. Um sacerdote deve servir a dignidade que lhe foi conferida e não permitir ser confundido com um qualquer. E dou o exemplo do "beijar da mão": muitos sacerdotes retiram a mão quando alguém lha vai beijar. Isto porque não sabem que o beijar de mão não é A ELE mas sim à dignidade que ele porta em ter as mãos sagradas, mãos que todos os dias tocam em Nosso Senhor (infelizmente o clero hoje é ignorante e só entende de novidades e perdeu tudo o resto). Infelizmente as mãos do sacerdote não são mais valorizadas porque hoje em alguns lugares qualquer um toca na Hóstia consagrada com a própria mão, algo que seria impensável no passado, certamente pecado de sacrilégio.

Enfim...